quarta-feira, 17 de julho de 2013

"""" pobreza severa já atinge "" 860 mil """ portugueses


                                                                             
MISÉRIA EM PORTUGAL

Pobreza severa atinge 860 mil

INE: Relatório sobre rendimentos e condições de vida dos portugueses

 Por:Raquel Oliveira com Lusa

Milhares de portugueses sem dinheiro para refeições de carne e peixe, alerta inquérito. Condições de vida agravaram-se para 30 mil pessoas

 A pobreza severa agravou-se em Portugal, em 2012, atingindo cerca de 860 mil portugueses - 8,6 por cento da população residente, que não pode fazer uma refeição de carne ou peixe de dois em dois dias nem ter eletrodomésticos ou telefones.

O alerta consta do relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre Rendimento das Famílias e Condições de Vida, que mostra que, entre 2011 e 2012, as condições de vida agravaram-se para cerca de 30 mil pessoas, que deixaram de ter condições para pagar as prestações de crédito ou não conseguem fazer frente a uma despesa inesperada.

De acordo com o mesmo documento, em 2012, 21,8% dos residentes em Portugal viviam em privação material, mais 0,9 pontos percentuais face ao ano anterior (20,9%). O INE indica ainda que cerca de dois milhões de portugueses vivem com menos de 416 euros mensais (valor do limiar de pobreza).

O risco de pobreza aumentou, sobretudo, entre os desempregados e as famílias com filhos. E se se acrescentar à pobreza o risco de exclusão social, o valor do risco de pobreza é de 25,3 por cento da população portuguesa, mais 1,1 por cento do que no ano anterior. Isto significa que mais de um quarto da população enfrenta grandes dificuldades, mesmo quem tem trabalho.

Se não fossem as transferências sociais - pagamento de pensões, reformas e subsídios - o número de portugueses que estaria em situação de pobreza chegaria aos 4,5 milhões, ainda segundo cálculos dos INE.

Por outro lado, aumentou o fosso entre os mais ricos e os mais pobres.

 "A assimetria na distribuição de rendimentos tem vindo a aumentar ligeiramente desde 2010, ao contrário da tendência verificada entre 2004 e 2009", diz o Instituto. O inquérito foi elaborado entre maio e julho do ano passado e dirigiu-se a 7187 famílias. 

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