cortes..... rutura ......
Negociações: falhou acordo após várias reuniões durante
uma semana
Cortes foram a origem da rutura
PS não cedeu em dar apoio parlamentar à 7.ª avaliação da
troika, onde se incluiu o corte de 4,7 mil milhões
Os cortes no Estado estiveram na origem da rutura entre PSD e
PS.
Já depois de o líder socialista, António José Seguro, ter sido ouvido em
Belém pelo Presidente , o PSD enviou uma carta ao PS para manter o diálogo e
tentar um entendimento de médio prazo, mas a resposta foi negativa.
Seguro falou
ontem à noite ao País para anunciar o que já se adivinhava quinta-feira à noite:
não há acordo.
Nessa noite, Seguro ainda falou com alguns dirigentes do PS, a
quem terá transmitido que não cederia a pressões, numa resposta a Mário Soares e
outros elementos do partido, que exigiam a rutura. Mais, terá dito que se
mantinha no processo negocial. Sinais positivos para Cavaco Silva. Horas mais
tarde, o Presidente avaliou a posição dos partidos, e Seguro explicou aos
portugueses que não valia a pena "prolongar as conversações", acusando ,PSD e o
CDS de terem inviabilizado o acordo.
Nas cartas publicadas pelo PSD e PS, há um ponto revelador da
rutura. A coligação PSD/CDS pretendia que os socialistas dessem apoio
parlamentar aos resultados da sétima avaliação da troika - onde se incluem os
cortes de 4,7 mil milhões de euros.
Porém, ficou expressa a abertura a uma
negociação dos cortes, "tal como tem sido feito até à data, mas agora de forma
conjunta com o PS, os partidos da maioria pugnarão junto do Governo para que
este continue empenhado em realizar todas as diligências junto da troika que
permitam realizar ajustamentos aos memorandos".
O PS não aceitou e Seguro disse ao País que não queria corte de
pensões, nos salários da Função Pública, nem despedimentos no setor.
Seguro
disse que se bateu ainda pela descida do IVA na restauração e contra as
privatizações da TAP.
"Durante esta semana fizemos o que devíamos", disse.
Agora, "cabe ao Presidente da República decidir", concluiu Seguro.
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