ÓBIDOS
lenda da porta da traição
Numa noite sem luar, cercava o exército de D. Afonso Henriques a
fortaleza
de Óbidos onde os mouros resistiam já há cerca de dois meses. D. Afonso
Henriques
e Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador, tinham decidido que o ataque seria
realizado na madrugada do dia seguinte antes de se retirarem para as suas
tendas.
Dormia já o Lidador quando foi acordado por uma voz de mulher que lhe pedia
para ser conduzida à tenda do rei de Portugal, pois tinha algo de importante
a comunicar-lhe. A jovem vivia no castelo dos mouros mas não sabia se era
moura porque nunca tinha conhecido os seus pais. Temendo uma cilada dos
mouros,
foi com alguma relutância que o Lidador a conduziu à presença do rei,
perante o qual a jovem revelou o sonho que se repetia há três noites. Neste
sonho,
aparecia-lhe um homem novo de barbas castanhas e olhar doce que a incumbiu
de transmitir uma mensagem para o rei de Portugal: o rei deveria reunir os
soldados
e liderá-los num ataque surpresa na parte fronteiriça do castelo, enquanto
que o Lidador se deveria dirigir com dez homens às traseiras onde a jovem
donzela
abriria uma porta para os deixar passar. O homem de olhar doce prometia
Óbidos aos cristãos e a salvação à jovem donzela. Apesar da hesitação do
Lidador,
D. Afonso Henriques já não se atrevia a duvidar dos desígnios divinos após o
Milagre de Ourique. Na manhã seguinte, Óbidos foi conquistada conforme o
sonho
da misteriosa jovem que nunca mais foi vista. A porta que franqueou a
entrada dos cristãos ficou para sempre conhecida como a Porta da Traição.
(De M. Seleiro em: tradicional@googlegroups.com)
de Óbidos onde os mouros resistiam já há cerca de dois meses. D. Afonso
Henriques
e Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador, tinham decidido que o ataque seria
realizado na madrugada do dia seguinte antes de se retirarem para as suas
tendas.
Dormia já o Lidador quando foi acordado por uma voz de mulher que lhe pedia
para ser conduzida à tenda do rei de Portugal, pois tinha algo de importante
a comunicar-lhe. A jovem vivia no castelo dos mouros mas não sabia se era
moura porque nunca tinha conhecido os seus pais. Temendo uma cilada dos
mouros,
foi com alguma relutância que o Lidador a conduziu à presença do rei,
perante o qual a jovem revelou o sonho que se repetia há três noites. Neste
sonho,
aparecia-lhe um homem novo de barbas castanhas e olhar doce que a incumbiu
de transmitir uma mensagem para o rei de Portugal: o rei deveria reunir os
soldados
e liderá-los num ataque surpresa na parte fronteiriça do castelo, enquanto
que o Lidador se deveria dirigir com dez homens às traseiras onde a jovem
donzela
abriria uma porta para os deixar passar. O homem de olhar doce prometia
Óbidos aos cristãos e a salvação à jovem donzela. Apesar da hesitação do
Lidador,
D. Afonso Henriques já não se atrevia a duvidar dos desígnios divinos após o
Milagre de Ourique. Na manhã seguinte, Óbidos foi conquistada conforme o
sonho
da misteriosa jovem que nunca mais foi vista. A porta que franqueou a
entrada dos cristãos ficou para sempre conhecida como a Porta da Traição.
(De M. Seleiro em: tradicional@googlegroups.com)
publicado por tradicional às 02:11
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