JAQUES DELORS EX- PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA |
AFIRMA DELORDS :
Quando aqui escrevi, sábado, ser "provável que o FMI se venha a
escusar a participar em novos resgates no âmbito da troika", ainda nada constava
sobre o relatório dessa instituição, no qual se descrevem os erros cometidos na
Grécia desde 2010.
Desse balanço negativo constará a "inexistência de uma divisão
clara de trabalho" entre os seus membros, críticas às prioridades da Comissão
Europeia e à ausência de poderes por parte do BCE. Em suma, os serviços do FMI
inclinar-se-iam para um modelo de trabalho em cooperação com o Banco Mundial,
mais experiente em medidas para o crescimento. Está preparado o caminho para a
redução da presença do FMI na zona euro, como antevejo.
A Comissão Europeia reagiu mal às críticas do FMI, mas deve
tomar boa nota do que se anuncia de Washington. Por coincidência, Jacques Delors
proferiu neste contexto uma conferência na Gulbenkian. Antes de ele falar, Artur
Santos Silva traçou a história quantitativa dos infortúnios da virtude
financeira do Memorando de Entendimento aplicado à sociedade portuguesa. O
desenho impressionou o ex-presidente da Comissão, que se deu conta do enorme
desencanto dos portugueses, ativos ou desempregados, com a "Europa castigadora",
expressão do próprio. Esse desencanto contrastava, constatou, com as
expectativas do processo inicial de integração europeia de Portugal que sumariou
melhor do que muitos analistas nacionais, desde o pedido de adesão plena às
ajudas de pré-adesão, tão esquecidas por todos, e que se destinavam à indústria
e ao setor dos bens transacionáveis. A entrada deu-se em clima de esperança e de
crescimento, até tudo se ter diluído no projeto da moeda única. Como se perdeu
todo esse élan na última década?
Embora Delors seja um dos imprudentes autores da prioridade
dada à moeda no quadro do mercado único, na Gulbenkian afirmou que se devia ter
esperado mais uns anos antes de a lançar. Delors propõe-se melhorar as
características da zona euro introduzindo um fundo de coesão, com recursos
próprios, capaz de socorrer países em dificuldade sem passar pelo orçamento dos
Estados.
Embora a real solução esteja na alteração dos estatutos do BCE,
Delors aponta uma via melhor do que as atuais. Sem se retomar o tema da coesão
não há euro estável.
POIS :
ELES COMEÇAM A DIZER QUE ERRARAM !!!!! ...
MAS QUEM SE LIXA É O POVO TRABALHADOR DESTE PAISES !!!!!.....
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