E VENHAM MAIS CINCO !!!!
O Presidente da República analisou, concordou e promulgou.
Provavelmente, o secretário de Estado da Administração Pública
ainda foi daqueles que trauteou os versos de Zeca Afonso "venham mais cinco,
duma assentada que eu pago já"...
mas Hélder Rosalino passou da canção à ação e
fez uma lei que obriga os funcionários públicos a trabalharem mais cinco horas
por semana.
Mas agora os partidos da oposição ameaçam pedir a fiscalização
sucessiva do diploma ao Tribunal Constitucional (o grande papão da política
portuguesa nos dias que correm), argumentando com a falsidade do "princípio da
igualdade" entre o setor público e o privado.
Quem quer reduzir a discussão ao conflito entre setor público e
privado não sabe do que fala.
Porque se há serviços públicos onde não se justifica o
alargamento do horário (porque simplesmente não há ninguém para atender), outros
existem onde esse alargamento é fundamental (basta ver as filas junto aos
serviços da Segurança Social).
Acabo como comecei, voltando a Zeca Afonso e Hélder Rosalino...
"A bucha é dura, mais dura é a razão/ Que a sustem só nesta rusga/ Não há lugar
prós filhos da mãe".
Venham Mais Cinco
José Afonso VERDADEIRO HOMEM
DIZIA SEMPRE A VERDADE SOBRE OS ( GRANDES FILHOS DA MÃE )
Venham mais cinco
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá
Se tem má pinta
Dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei
Dàquém e Dàlém Mar
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
A gente ajuda
Havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira
Deitar abaixo
O que eu levantei
A bucha é dura
Mais dura é a razão
Que a sustem
Só nesta rusga
Não há lugar
Pr'ós filhos da mãe
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá
Se tem má pinta
Dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei
Dàquém e Dàlém Mar
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
A gente ajuda
Havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira
Deitar abaixo
O que eu levantei
A bucha é dura
Mais dura é a razão
Que a sustem
Só nesta rusga
Não há lugar
Pr'ós filhos da mãe
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei
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