sábado, 24 de agosto de 2013

""""" Nuambuangongo Angola """ poema de "" Manuel Alegre "" ( 1967 ) '??


                                                             




Nuambuangogo MEU AMOR...

Nambuangongo, Meu Amor – Paulo de Carvalho

 
Acho sempre graça quando se fala sobre os brandos costumes dos portugueses. Esse discurso piedoso e hipócrita não é definitivamente patriótico como nos querem fazer aqueles que são capazes das maiores crueldades.
 
Fica a canção, ao menos, para que não se esqueçam de Nambuangongo. Poema de Manuel Alegre.

Em Nambuangongo, tu não viste nada
Não viste nada nesse dia longo, longo
E a cabeça cortada
E a flor bombardeada
Não, tu não viste nada em Nambuangongo!

Falavas de Hiroxima tu, que nunca viste
Em cada homem, um morto que não morre.
Sim, nós sabemos, Hiroxima é triste
Mas ouve, em Nambuangongo existe
Em cada homem, um rio que não corre.

Em Nambuangongo, o tempo cabe num minuto
Em Nambuangongo, a gente lembra, a gente esquece
Em Nambuangongo, olhei a morte e fiquei nu.
Tu não sabes, mas eu digo-te: dói muito!

Em Nambuangongo, há gente que apodrece!
Em Nambuangongo, a gente pensa que não volta
Cada carta é um adeus, em cada carta se morre
Cada carta é um silêncio e uma revolta.
Em Lisboa, na mesma, isto é, a vida corre.
E em Nambuangongo a gente pensa que não volta.

É justo que me fales de Hiroxima.
Porém, tu nada sabes deste tempo longo
Tempo exactamente em cima do nosso tempo.
Ai, tempo onde a palavra vida rima
Com a palavra morte, em Nambuangongo.

Em Nambuangongo, o tempo cabe num minuto
Em Nambuangongo, a gente lembra, a gente esquece
Em Nambuangongo, olhei a morte e fiquei nu.
Tu não sabes, mas eu digo-te: dói muito!
Em Nambuangongo, há gente, gente que apodrece!

Intérprete: Paulo de Carvalho

Em Nambuangongo, a gente pensa que não volta
Cada carta é um adeus, em cada carta se morre
Cada carta é um silêncio e uma revolta.
Em Lisboa, na mesma, isto é, a vida corre.
E em Nambuangongo a gente pensa que não volta.

É justo que me fales de Hiroxima.
Porém, tu nada sabes deste tempo longo
Tempo exactamente em cima do nosso tempo.
Ai, tempo onde a palavra vida rima
Com a palavra morte em Nambuangongo.
 
POEMA DE MANUEL ALEGRE

interprete : Paulo de Carvalho

É VERDADE QUE EXISTIU UMA GUERRA ENTRE PORTUGAL E ÁFRICA ( 1961 A 1974 ) .....

QUAL A RAZÃO NEM SABIA MOS !!!!! .....

EU VI NO CAIS DE ALCÂNTARA UMA MULHER MEIO LOUCA , QUE DIARIAMENTE ALÍ IA ESPERAR O SEU FILHO QUE POR AFRICA E NESTA GUERRA TINHA MORRIDO....

ESTA MULHER NÃO CONSEGUIA ENTENDER PORQUE O SEU FILHO NÃO VOLTAVA PARA A SUA TERRA ???? MAS ELE NÃO PODIA VOLTAR ; TINHA FICADO DESPEDAÇADO POR UMA BOMBA !!!!! ....  

QUEM ESPEROU POR OS SOLDADOS DE UM LADO E OUTRO, SABE A FERIDA QUE EM CADA MINUTO SE VIVIA !!!!...

E DEPOIS SE ALGUM DIA APARECIA A NOTICIA DA NOSSA GENTE MORTA !!!! ...

NÓS ... INGÉNUOS PORTUGUESES PERGUNTAVA MOS ????

MAS OS NOSSOS FILHOS MORRERAM PORQUÊ ????...

NUNCA PODEMOS ENTENDER !!!!! ......

OS PORTUGUESES NÃO QUERIAM ESTA GUERRA !!!!...

SOFREMOS;  MUITO....MUITO....MUITO.....
 
MAS ISSO NÃO INTERESSAVA AO ( PODER ) !!!!!.....

OS FILHOS ERAM DO POVO , QUE NADA ENTENDIA ; E NADA COMIA !!!! ....

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