REGIME DE SALAZAR E A GUERRA COLONIAL |
MORTE NA GUERRA COLONIAL- HORRÍVEL ATITUDE DE REGIME |
1962 -LUTA DE ESTUDANTES PORTUGUESES CONTRA O REGIME DE SALAZAR
SERÁ QUE A HISTÓRIA SE PODERÁ REPETIR ????...
|
Quedas de regimes
Comemora-se, exactamente hoje, o cinquentenário da crise estudantil que consagraria a ruptura entre a Universidade e o regime salazarista que nos governava há cerca de trinta anos. Na lição que proferi no ano passado inserida na série das cem do centenário da Universidade de Lisboa promovida pelo reitor Sampaio da Nóvoa, propus que este chamasse a si as comemorações que hoje efectivamente decorrem. Entre outras razões, porque foi uma data que dividiu a Universidade Portuguesa em duas épocas bem distintas, e porque, tema da actualidade, o movimento estudantil da altura uniu as separadas Universidades Clássica e Técnica numa só, movido pela reivindicação da democratização do ensino superior em Portugal.
É sempre ousado afirmar quando está para cair um regime
político, sobretudo ditatorial, tantos são os instrumentos de manutenção de
poder acumulados. Por isso, para mim, como activista estudantil de há 50 anos,
nunca dei por adquirida a queda do regime salazarista naquelas circunstâncias,
mesmo que pela acção de uma longa greve às aulas.
É certo que o início da década de sessenta não sorria ao regime
da mesma forma que nas épocas anteriores: sucederam-se, em 1961, o assalto ao
paquete Santa Maria; a tentativa de golpe de Estado do general Botelho Moniz,
ministro da Defesa Nacional, para evitar a guerra colonial; o início da luta
armada em Angola; a invasão de Goa, em Dezembro; o golpe de Beja, na passagem do
ano. Mas o salazarismo tinha feito frente a todos esses contratempos, e não dava
mostras de ceder, embora aumentassem os descontentes e os dissidentes, como
Marcelo Caetano, que, então reitor, acabaria por se demitir, por discordar da
política governamental em relação à Universidade e não só… Ora, segundo Franco
Nogueira, Salazar teria dito em Conselho de Ministros que, caso o seu governo
cedesse aos dirigentes estudantis, "eles estariam no poder dentro de dez anos",
o que não deixa de evidenciar um rigoroso sentido do devir histórico…
Hoje, o regime democrático está posto perante outros problemas
e atrasa-se a encontrar respostas positivas. Mas tem uma grande vantagem em
relação às ditaduras: traz dentro de si os gérmenes da mudança. Porém, nunca
sabemos quando um regime se esgota sem soluções para os problemas nacionais.
É NA VERDADE NECESSÁRIO QUE OS NOVOS POLÍTICOS FOSSEM DIFERENTES !!!!...
MAS SERÃO ??????????........
Sem comentários:
Enviar um comentário