POESIA |
POETISA |
Pudesse eu
Pudesse eu não ter laços nem limitesOh vida de mil faces transbordantes
P'ra poder responder aos Teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes
Sophia de Mello Breyner
Para ser grande
Para ser grande, sê inteiro,Põe quanto és no mínimo
que fazes.
Nada teu exagera ou exclui.
a lua toda brilha porque alta vive
Assim, em cada lago,
Ricardo Reis
NADA SE PERDEU
Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.
Sophia de Mello Breyner
Se tanto me dói que as coisas passem
Se tanto me dói que as coisas passemÉ porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor s
e eternizassem
Sophia de Mello Breyner
Espero sempre por ti o dia inteiro,
Quando na praia sobe, de cinza e
oiro,
O nevoeiro
E há em todas as coisas o agoiro
De uma fantástica vinda.
PORQUEO nevoeiro
E há em todas as coisas o agoiro
De uma fantástica vinda.
Sophia de Mello Breyner
Porque os outros se mascaram
mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros
se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos
abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos
Porque os outros calculam mas tu não.
mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros
se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos
abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner
É VERDADE :
COMO DIZ O POEMA ; A INTEGRIDADE É UMA VERDADE SUBLIME :
MAS INFELIZMENTE TÃO RARA !!!!....
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