Christine Lagarde causou polémica ao dizer que os gregos deviam
pagar os seus impostos, mas a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI)
tem um salário de 372.300 mil euros por ano, a que se juntam outros 66.640 mil
de despesas de representação, totalmente livres de impostos, diz o jornal inglês
"The Guardian".
A diretora do FMI - que numa entrevista publicada sábado disse
estar mais preocupada com a África subsaariana do que com a Grécia e insinuou
que o problema dos gregos era não pagarem impostos -, recebe ao todo 438.940 mil
euros por ano sem ter de pagar qualquer taxa ao Estado.
O diário inglês revela ainda que Lagarde recebe mais do que o
Presidente dos EUA, que está obrigado a pagar impostos.
Esta "facilidade" de Christine Lagarde deve-se ao facto do seu
posto de trabalho usufruir do estatuto diplomático, baseado no artigo 34 da
Convenção de Viena que diz que "um agente diplomático deve ficar isento de4
todos os impostos e taxas". A mesma "benesse" têm quase todos os funcionários
das Nações Unidas.
O contrato da antiga ministra das Finanças do Governo de Sarkozy
tem ainda uma cláusula que obriga a um aumento de salário, todos os anos, a 1 de
julho.
Christine Lagarde, 56 anos, venceu a corrida para diretora do FMI
depois do escândalo sexual que obrigou Dominique Strauss-Kahn a abandonar o
cargo. Na altura, Lagarde era ministra das Finanças do executivo de Sarkozy.
Licenciada em direito é a primeira mulher a liderar o FMI.
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