As meninas de antigamente tinham um sonho: casar na igreja de véu e grinalda, constituírem família, agradar ao marido, e ser feliz para sempre com o homem que as tinha tornado Mulher!
Este sonho perdurou durante muito tempo na mente das meninas de há muitas décadas passadas. Sonhavam casar de branco, mantendo sempre intocável a sua virgindade, de véu e grinalda, com muitos convidados e oferecendo uma grande festa aos seus convidados. Sonhavam com uma família numerosa, aprumarem-se nas lides domésticas, e servirem eternamente o único homem a quem se tinham entregue.
Hoje, os sonhos mudaram radicalmente! A mulher não sonha necessariamente casar, mas caso aconteça, e se for pela igreja, o branco dos vestidos puros deu origem aos misteriosos tons bege, à cor pérola ou ao creme. Para trás ficaram os sonhos de uma família numerosa pela opção de ter um único filho, hipoteticamente um casal, ou a probabilidade de viver somente com alguém, porque os filhos é algo que fica para ser pensado mais tarde.
A prioridade de casar ou de se juntar com alguém mantendo a virgindade até essa hora é um valor ultrapassado para muitas mulheres, e a família deixou de ter o papel de outrora. Luta-se por se tirar um curso, ganhar dinheiro para comprar uma casa, um carro, e para subsistir sem ter necessidade de pedir nada à outra pessoa. Luta-se, acima de tudo, pela independência! Prefere-se a liberdade da relação ao noivado, as uniões de facto ao casamento, e coloca-se a profissão à frente da instituição casamento ou do desejo de se constituir família.
São assim, em traços gerais, os sonhos das mulheres de hoje! Alcançadas que estão as liberdades sociais e económicas, a mulher dos dias de hoje procura, essencialmente, o êxito na sua profissão. Em prol desse desejo, ficam para trás as relações estáveis e duradouras, o sonho de casar de branco, e ideia de querer ter uma equipa de futebol lá em casa. O desejo de ter filhos é, por esse motivo, colocado para segundo plano, e a eternidade de uma união deu origem ao acaso das relações passageiras, sem cobranças, nas quais os limites estão bem claros e definidos desde o primeiro encontro: liberdade para partir de imediato quando as coisas não correrem bem!
O casamento passou assim de sonho a ser um objectivo a longo prazo, para o qual não há pressa ou interesses prioritários. Por vezes vive-se em união de facto, e só mais tarde se pensa em casar. Quando esta realidade realmente acontece, o registo parece ser a opção mais indicada! Ignora-se a cerimónia do casamento de outros tempos, na qual os noivos faziam juras de amor e prometiam ficar juntos até que a morte os separasse.
Sem comentários:
Enviar um comentário